novembro 10, 2008

Dando ouvidos à Razão

A Razão me mandou calar
Não há mais nada a ser dito
Se não há razão para falar
Será em vão o meu grito

Como o profeta no deserto
Clamei em voz alta e chorei
Contei a todos os ermos
Do amor que mais amei

Gritei a todos os cantos
Falei de minha desventura
Derramei todos os prantos
Contei da minha amargura

E continuaria clamando
Se a Razão não me calasse
Sabiamente aconselhando
Que a mim mesma me amasse

© Denise Parma 2003
® 320.087, livro 585, folha 247, Biblioteca Nacional

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