A Razão me mandou calar
Não há mais nada a ser dito
Se não há razão para falar
Será em vão o meu grito
Como o profeta no deserto
Clamei em voz alta e chorei
Contei a todos os ermos
Do amor que mais amei
Gritei a todos os cantos
Falei de minha desventura
Derramei todos os prantos
Contei da minha amargura
E continuaria clamando
Se a Razão não me calasse
Sabiamente aconselhando
Que a mim mesma me amasse
© Denise Parma 2003
® 320.087, livro 585, folha 247, Biblioteca Nacional
Nenhum comentário:
Postar um comentário